4 dicas para tornar suas compras mais sustentáveis

Por: Barbara Brugnolli

Quando pensamos em adotar práticas mais sustentáveis, acabamos achando que é difícil, que os custos serão maiores e nossa rotina dificilmente se adaptaria. Mas estamos aqui para te provar o contrário!

Nós podemos mudar o mundo através das nossas ações, mesmo que sejam pequenas! Principalmente na moda, que sabemos que é a segunda indústria com maior impacto ambiental no planeta!

Segundo a Good on You, principal fonte mundial de classificações éticas de marcas: “Os tecidos mais sustentáveis são os que já existem. ”

Então que tal deixar pra lá aquele conceito super conservador de que roupas de brechós tem energias ruins e são todas velhas e antiquadas? Hoje com o crescimento da moda second-hand cada vez mais encontramos garimpos estilosos e em perfeito estado de conservação.

Seguindo esse contexto, separamos 4 dicas simples e infalíveis para te ajudar a tornar suas compras mais sustentáveis, confira:

Tendências da estação (para usar o ano todo!)

Por: Barbara Brugnolli

Se definirmos as tendências dessa estação, com certeza o resultado será: praticidade e conforto. E a peça que mais representa esse conceito com certeza é o breezy dress, o queridinho do momento. Característico por sua modelagem ampla, com camadas e volume e pode incluir na lista as clássicas sandálias de tiras também, agora que ganharam um ar mais fashionista.

Mas as peças que estão em alta nessa temporada mais quente vão muito mais além, então vem conferir algumas que nosso TrendTeam separou para você conhecer e ainda looks com peças do nosso brechó para você se inspirar!

Tons Terrosos

Os tons terrosos dominaram os looks de inverno e ao que tudo indica vão continuar nas produções da estação. Tão versáteis quanto o preto, branco e cinza, os tons de caramelo, bege e alaranjados deixam seu look moderno na medida certa. E o melhor ainda: esses tons possuem fundos tanto frios quanto quentes, o que permite escolher qual valoriza mais sua cartela de cores pessoal.

Imagens: Pinterest/Trend2Box

Saia Midi

Clássica e atemporal, as sais midis são geralmente associadas a looks mais sofisticados e elegantes, mas isso não quer dizer que você não possa aproveitar essa peça no dia a dia, combinando com um tênis e t-shirt, fazendo o melhor do hi-lo e até com mules e rasteirinhas para um visual mais romântico.

Imagens: Pinterest/Trend2Box

Blusas de lastex

Quem lembra desse ícone dos anos 90? A blusa de lastex, ou shirred top, toda franzida foi um marco na moda feminina da época. Hoje elas voltam repaginadas, com um toque romântico e até elegante e o acabamento já é visto em vestidos com mangas bufantes também. Invista em produções mais despojadas com biker shorts e coturno, ou se preferir um look mais feminino, aposte nas saias evasês combinadas com sandálias.

Imagens: Pinterest/Trend2Box

Jeans Flare

Os anos 70 vem ganhando cada vez mais destaques nos street style das semanas de moda e a calça jeans flare é uma das tendências mais coringas. A modelagem ajustada até a altura dos joelhos e barra mais larga, é democrática, permitindo compor desde os office looks com camisas e saltos e até com o combo básico que amamos: t-shirt + tênis.

Imagens: Pinterest/Trend2Box

Guia de presentes para o Dia das Mães

Por: Barbara Brugnolli

O Dia das Mães está chegando e você ainda não faz ideia do que comprar de presente? Que tal optar por presentear de forma sustentável com peças second-hand? Vem que a gente te ajuda – montamos um guia completo de peças que sua mãe vai amar!

E se você curtiu nossas sugestões de peças, é só clicar na “loja online” na página inicial para conferir tudo no site!

Imagens: Pinterest.

Para aquela mãe mais básica que gosta de roupas versáteis para usar em diversas ocasiões, a dica é apostar em tons neutros e cores lisas. Fuja do óbvio branco, preto e cinza e escolha tons como o bege, laranja queimado ou verde militar – além de também serem fáceis de combinar, com o clássico jeans, por exemplo, são tons que estão super em alta nessa estação.

Imagens: Trend2Box.
Imagens: Pinterest.

Sua mãe ama estampas, cores e tendências da estação? Uma peça chave para arrematar os looks do dia a dia pode ser o presente ideal. Vale ser um suéter colorido, uma calça estampada ou uma blusa com aquele mix de estampas bem contemporâneo.

Imagens: Trend2Box.
Imagens: Pinterest.

Uma bolsa estruturada, um scarpin versátil ou peças de alfaiataria são itens essenciais no guarda-roupa da mulher clássica para criar aquele look de trabalho bem Girl Boss mas que pode ser facilmente um hi-lo com peças mais casuais. Que tal surpreender a sua mãe com um presente atemporal e com aquele toque sofisticado?

Imagens: Trend2Box.
Imagens: Pinterest.

Devido a pandemia, a nossa rotina de exercícios físicos precisou ser adaptada, principalmente para conciliar com home office e tarefas domésticas. Se sua mãe ama academia e se exercitar, que tal praticar um dia juntas em casa? E nada melhor do que um look novo para treinar com estilo e dar aquela incentivada 😉

Imagens: Trend2Box.

O potencial dos brechós

Por: Julia Codogno

O mercado de pós consumo de moda pode ser uma forte potência para gerar novos negócios, impacto positivo e possibilitar a renda em momentos de crise. Nos últimos anos temos acompanhado uma crescente no surgimento de novas possibilidades para a comercialização de usados e o setor da moda ganha destaque entre os mais procurados.

Segundo alguns dados levantados pelo SEBRAE,  entre 2010 e 2015, o número de brechós no Brasil aumentou aproximadamente 210%. Esse boom​ aconteceu juntamente com o crescimento do mercado de produtos de segunda mão, que entre 2013 e 2015, aumentou mais de 20%.

Os motivos podem ser os mais diversos, e fazem o mercado de pós consumo deslanchar e ganhar destaque em todo o Brasil.

Seja por uma grande onda de informações, relatando as problemáticas causadas pelo nosso consumo acelerado, seja pela busca de melhores oportunidades e valores, ou até mesmo pela procura por peças diferenciadas e que estejam na contramão do grande varejo (onde milhares de peças iguais são produzidas todos os dias) a verdade é que os Brechós estão se tornando referência quando buscamos uma nova peça de roupa.

Nunca antes questionamos tanto nossos hábitos de consumo. Pela primeira vez, estamos desafiando nossos métodos de produção e tendo acesso à números, relatórios e consequências dramáticas causadas por nossa forma de consumir.

Só para se ter uma ideia, chegamos à 2019 com os seguintes dados:

Produzimos cerca de 140 bilhões de novas peças por ano! São algo em torno de 4,4 mil peças por segundo! Também existem pesquisas que falam que utilizamos nossas roupas por cerca de 6 meses e depois as descartamos!

Segundo um relatório realizado pela empresa Global Data, em 2018 o mercado de pós consumo movimentou um valor estimado de US$24 bilhões no mundo todo. E as expectativas continuam otimistas! Espera-se que esse valor dobre, até 2023, chegando à US$51 bilhões.

Dentre os que mais compram produtos usados, estão os Millenials e a Geração Z – pessoas que tem entre 18 e 37 anos. O aumento de consumo de produtos de segunda mão para as duas gerações foi de: 37% e 46%, respectivamente e um levantamento realizado pela ThreadUp mostra que, em 2019, 1 em cada 3 jovens da Geração Z comprou algo do mercado de pós consumo.

Se você ainda acha que consumir em Brechós é coisa de gente sem poder aquisitivo ou somente comprar roupa de quem já morreu, está na hora de deixar o preconceito de lado e investir nesse novo modelo de negócio.

Já vemos também que brechós despontam entre os negócios que poderão de manter em tempos de pandemia. A oportunidade de gerar renda num momento difícil como esse.

Fonte: Global Data | Bain & Company | The Guardian | Fundação Ellen MacArthur | Sebrae Foto: Pexels

Quem faz nossas roupas?

Por: Julia Codogno

Já parou pra pensar em quem faz as roupas que você usa? Ou de onde elas vêm? Você sabe de onde tantas e tantas peças saem todos os anos? Quem são as mãos por trás de cada roupa que você usa? Pra gente entender melhor sobre isso, vamos voltar um pouco na linha do tempo e pensar nas transformações que essa indústria passou.

Se lá no começo a vestimenta era somente pra quem tinha alto poder aquisitivo e poderia pagar por peças sob medida – com grandes volumes de tecidos, com o passar do tempo tudo isso foi mudando e os acessos foram ficando maiores. Em 1900 começaram a surgir as primeiras fábricas de roupas, possibilitando que mais pessoas pudessem comprar suas peças em lojas e não somente através de encomendas – movimento que ficou conhecido como Pret à Porter (pronto para levar). Ainda no século 20, em 1929, durante a Primeira Guerra, veio a Grande Depressão e a escassez. Vários insumos para produzir as peças já não eram encontrados tão facilmente e as fábricas já não operavam da mesma forma. Os anos 30 foram marcados por uma grande recessão, onde era preferível consertar peças desgastadas à comprar novas (tanto por falta de produtos quanto por falta de dinheiro).

Nos anos 40, durante a Segunda Guerra, o cenário de escassez se repetia. Matérias -primas já não eram produzidas e/ou encontradas, as importâncias se transformaram e a maneira de consumo também mudou. A mulher passou a fazer parte do mercado de trabalho, tendo que optar por outras vestimentas que passaram a compor o guarda roupa feminino e o número de peças de cada pessoa era mais restrito. Já no período pós guerra, tudo se transformou novamente! A década de 50 surge como um berço do consumo. Depois de um período de restrições, a grande indústria reina e passa a inserir no mercado diversos e diferentes produtos e estimular a compra para aquecer o mercado e fazer a economia voltar a girar. Na década de 60 celebridades se destacaram entre as publicidades, novos materiais como o PVC e poliéster entraram no mercado, várias fábricas começaram a surgir e a moda passou a ser acessível a grande massa. E é aí que a maneira como entendemos o mercado de moda começa a surgir.

Nos anos 80, as grandes empresas perceberam que levando suas produções para países asiáticos, poderiam “baratear” suas operações e disponibilizar no mercado produtos ainda mais baratos. Ou seja, poderiam vender mais e mais barato, ganhando através do volume de vendas. Foi nesse mesmo período que o ciclo sazonal que conhecemos tão bem, com lançamentos de uma nova coleção à cada estação, ficou ainda mais intenso.

Chegando aos anos 90, o boom da moda acontece. Com a globalização de marcas e produtos e com maiores acessos, pessoas do mundo todo passaram a querer consumir mais e mais rápido e as marcas não perderam tempo nem oportunidade de expandir seus negócios. Para atender essa demanda desenfreada e o alto desejo por novos produtos, as grandes empresas tiveram que rever rapidamente suas formas de produção. Se antes uma peça levava em média cerca de 4 meses para ser produzida (levando em conta cada etapa do processo), para suprir essa nova necessidade pelo novo, as empresas aceleraram os meios produtivos e já era possível que uma peça levasse apenas cerca de 3 semanas para chegar até as lojas.

Chegamos a era do FAST FASHION. Onde as peças precisam ser feitas de maneira rápida, a custos cada vez menores e sejam perecíveis, “durando” o menor tempo possível! – Já que as marcas precisam vender em volume de peças, lembram?! Claro que para isso, muitos outros processos precisaram ser revistos e é aqui que chegamos ao ponto mais importante desse post. Para produzir de forma rápida, barata e em grande quantidade, os meios são facilmente submetidos à condições alarmantes. Estima-se que hoje, pelo menos 80% das peças produzidas no mundo, venham de algum lugar da Ásia, como Índia, China, Filipinas e Indonésia. Esses lugares não são escolhidos por acaso, como falei ali em cima, esses locais oferecem condições bastante interessantes para as marcas que os escolhem. Boa parte desses lugares são países ainda em condições de desenvolvimento, com situações bastante precárias. Isso possibilita a entrada de diversas empresas – que alegam estar contribuindo para o acesso à empregos e melhores condições à esses trabalhadores – para produzirem seus produtos em lugares com pouca ou nenhuma legislação trabalhista vigente. Essa precariedade faz com que pessoas realizem longas jornadas de trabalho (de até 16 horas por dia), normalmente em prédios clandestinos (sem qualquer condição de segurança), expostos à materiais nocivos à saúde, sem qualquer condição digna de sobrevivência e com salários irrisórios (chegando à receber menos de US$100 por mês).

Segundo um relatório da ONG Remak, cerca de 75 milhões de pessoas trabalham atualmente no mercado da moda no mundo todo. Sendo 80% mulheres entre 18 e 24 anos. Outro relatório mostrou ainda que a existência de trabalho infantil e análogo à escravidão continuam presentes em países como: Argentina, Bangladesh, Brasil, China, Índia, Indonésia, Filipinas, Turquia e Vietnã. Sim, essas são as pessoas que costuram e produzem as peças que vestimos. Pessoas que não possuem a escolha de não trabalhar diante dessas condições – uma vez que vivem em lugares sem qualquer perspectiva de melhora – e se veem “obrigadas” a continuar nesse sistema sujo e revoltante que se criou. Essa situação é tão grave que, em 2013, mais de 1000 pessoas morreram e mais de 2000 ficaram feridas num acidente em Bangladesh. Esse acidente foi apenas um, de tantos outros que acontecem ano após ano. E isso não está distante de nós, não é uma coisa independente. Quando compramos algo – a fatalmente compramos – estamos ligados à esse processo.

Quando escolhemos consumir de alguma marca, estamos ajudando a financiar esse assassinato coletivo que existe por trás da produção de cada peça. Isso precisa mudar, a indústria precisa se transformar! Nossa maneira de consumir já não pode mais continuar da mesma forma. Vamos repensar nossas escolhas! Podemos estimular o mercado de brechós, como uma grande e forte alternativa para comprar o que já existe. Se já temos tantas peças de roupa – em condições perfeitas de uso, porque não apoiar essa causa?!


Via: @juliacodogno // mabellevitrine.com

Home Office Looks

Por: Barbara C. Brugnolli

Estamos passando por um ano delicado com o isolamento e distanciamento social, mas isso não quer dizer que não devemos nos manter unidas, mesmo que seja online, não é mesmo? Nosso TrendTeam está de home office mas continuamos trazendo muitas novidades second-hand!

Enquanto precisamos permanecer dentro de casa, trabalhar e manter nossa rotina não é fácil. Até acabamos nem tirando o pijama ao longo do dia. Que tal variar com looks super confortáveis? Separamos as melhores produções para deixar seu home office mais estiloso e claro, usar assim que puder sair de casa também! Ah e se você curtiu nossas sugestões de looks, clique na imagem para comprar direto no site!

Calça Jogger: As calças com pegada esportiva, geralmente em tecidos leves e fluídos são perfeitas para passar o dia trabalhando no sofá! Vale combinar com rasteirinhas, tênis e mules. Se quiser dar um up no look básico, combine com uma terceira peça sobreposta: pode ser uma camisa ou jaqueta jeans se estiver mais friozinho.

Imagens: Pinterest /Produtos: Trend2Box

Pantacourt: Sem dúvida é uma das peças de mais sucesso na moda contemporânea. Feita em tecidos folgados e com bastante flexibilidade, é uma ótima opção para compor looks tanto casuais e sociais. Você ainda pode fazer o truque de styling de amarrar a barra da camiseta ou colocá-la por dentro do top que estiver usando, assim proporciona um caimento cropped fake. Uma rasteirinha flatform, prova que é possível dar um tempo às pantufas dentro de casa e apostar em calçados confortáveis sem perder o estilo.

Imagens: Pinterest, Trend2Box/Produtos: Trend2Box

Saias: Sua maior aliada para os looks de home office, basta investir em modelos com fluidez e que permitam bastante movimento, assim você consegue se alongar durante o dia e não fica desconfortável. Você pode investir em flats e mules para os dias mais quentes e até tênis ou botas para deixar o visual mais fashionista.

Imagens/Produtos: Trend2Box

4 Marcas Slow Fashion para você conhecer agora e se apaixonar

Por: Barbara C. Brugnolli

Mas afinal, o que é uma marca Slow Fashion?

Nada mais é do que empresas que visam uma produção de moda mais consciente, seguindo valores sociais, econômicos, ambientais e culturais. Marcas que seguem esse princípio tem seus produtores ligados diretamente em todas as etapas da cadeia de produção de uma peça, desde a escolha de sua matéria prima, até o descarte da mesma em seu fim de vida útil.

Nós valorizamos essa iniciativa e estamos sempre de olho em marcas sustentáveis, portanto separamos algumas das nossas preferidas para você conhecer melhor e se inspirar para consumir mais consciente!

Imagens: Instagram Vinci Shoes

Marca de calçados especializada em flats, seus produtos seguem as tendências de moda, são produzidos com matérias-primas de alta qualidade e são confeccionados à mão. A marca não trabalha com estoque, portanto não gera excedentes desnecessários, minimizando seu impacto ambiental.

Imagens: Instagram Coletivo de Dois

Criada por um casal de estilistas, a Coletivo de Dois conta com peças autorais e livre de rótulos de mercado, com modelagens amplas e unissex. Com o compromisso de reutilização dos tecidos e práticas sustentáveis, em 4 anos a marca poupou 600kg de retalhos de tecidos que seriam descartados em aterros sanitários.

Imagens: Instagram Urban Flowers

A Urban Flowers é uma marca vegana e sustentável criada por mulheres. Conta com diversos modelos de calçados e acessórios feitos com matérias-primas certificadas que minimizam o impacto ambiental, além de possuir certificação da PETA e o selo EURECICLO. Nas redes sociais e em seu blog, promovem dicas de veganismo, ecologia, feminismo e moda sustentável.

Imagens: Instagram Casa Jardim Secreto

A Loja Colaborativa fica na cidade de São Paulo e vende diversos produtos artesanais de pequenos empreendedores. Lá é possível encontrar roupas, acessórios e cosméticos. O diferencial da Casa Jardim Secreto são as diversas oficinas oferecidas para o público em geral, visando co-criar um comércio justo e sustentável.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre Slow Fashion e conheceu algumas das marcas que amamos, que tal praticar o consumo consciente?

Se você conhece alguma marca Slow Fashion e sustentável, conte aqui nos comentários, vamos adorar conhecê-las.