Tendências Internacionais Verão 2021

Por: Barbara Brugnolli

Durante as principais semanas de moda internacionais (Milão, Paris, Londres e NY) designers e marcas tiveram que se reinventar para apresentar suas coleções. Isso devido ao grande impacto causado pela pandemia do COVID-19, e suas restrições sociais.

Antes, os desfiles eram compostos por grandes públicos e na primeira fila os mais influentes do meio da moda e comunicação se faziam presentes. Hoje, as marcas se viram obrigadas a substituir esse formato por eventos digitais, vídeos-conceito/desfile e até marionetes no lugar de modelos, como mostrado pela Moschino em sua coleção Primavera/Verão 2021:

Reprodução: Youtube

O desafio de criar engajamento com os consumidores e se sobressair com esses novos formatos de apresentação com certeza foi o marco do calendário da moda desse ano. Muitas coleções apresentaram propostas que atendem à necessidade do presente, com muitas influências do isolamento social, trazendo conforto e até mesmo propostas glamourosas cheias de esperanças para quando as incertezas da quarentena passar.

Listamos algumas das principais tendências da estação para você conhecer e se inspirar com peças do nosso brechó para já garantir seu look tendência de forma sustentável, é só clicar na imagem para conferir nosso site!

Loungewear:

Desde o início da quarentena, os pijamas foram postos para jogo, deixando as produções de home office fashionistas e confortáveis. Designers como Balenciaga e Stella McCartney apostaram forte nessa tendência com peças confortáveis que queremos usar até fora de casa.

Imagens: Stella Mccartney por Samantha Casolari/Balenciaga-FFW/Trend2Box

Oversized:

Nessa temporada, a silhueta impactante se apresenta com camadas de roupas diversas e grande amplitude como visto nas gigantes Louis Vuitton e Chanel. Outro reflexo do nosso cotidiano na quarentena, que visa o conforto e mobilidade acima de tudo.

Imagens: Chanel/Louis Vuitton -FFW/Trend2Box

Metalizado:

O ano já está quase acabando, e apesar de toda a tristeza trazida pela pandemia e não podermos comemorar as festas de fim de ano como de costume, Paco Rabanne e Balmain, entre outros, trazem a proposta de bem-estar e esperança de tempos mais felizes, afim de fazerem os olhos dos consumidores brilharem com tecidos metálicos hipnotizantes.

Imagens: Balenciaga/Burberry-FFW/Trend2Box

Handmade:

Tricos e crochês marcaram os desfiles da Valentino, Fendi e Kenzo. Graças a tendência queridinha do “cottagecore” e a quarentena, já que durante o isolamento social, resgatamos hobbies de trabalhos manuais, muitos deles herdados de nossas avós para passarmos o tempo e com isso o “feito a mão” se tornou mais valorizado.

Imagens: Fendi/Kenzo-FFW/Trend2Box

All White:

Cada cor transmite uma mensagem e estado de espírito. Então não é de se espantar que nessa temporada muitos designers investiram fortemente em brancos e tons de off-white. Nas passarelas da Burberry, Prada e Balmain podemos ver os looks monocromáticos em branco contrastando com uma infinidade de cores vibrantes e estampas,  trazendo paz, calma e esperança em tempos tão conturbados.

Imagens: Balmain/Burberry-FFW/Trend2Box

4 dicas para tornar suas compras mais sustentáveis

Por: Barbara Brugnolli

Quando pensamos em adotar práticas mais sustentáveis, acabamos achando que é difícil, que os custos serão maiores e nossa rotina dificilmente se adaptaria. Mas estamos aqui para te provar o contrário!

Nós podemos mudar o mundo através das nossas ações, mesmo que sejam pequenas! Principalmente na moda, que sabemos que é a segunda indústria com maior impacto ambiental no planeta!

Segundo a Good on You, principal fonte mundial de classificações éticas de marcas: “Os tecidos mais sustentáveis são os que já existem. ”

Então que tal deixar pra lá aquele conceito super conservador de que roupas de brechós tem energias ruins e são todas velhas e antiquadas? Hoje com o crescimento da moda second-hand cada vez mais encontramos garimpos estilosos e em perfeito estado de conservação.

Seguindo esse contexto, separamos 4 dicas simples e infalíveis para te ajudar a tornar suas compras mais sustentáveis, confira:

Tendências da estação (para usar o ano todo!)

Por: Barbara Brugnolli

Se definirmos as tendências dessa estação, com certeza o resultado será: praticidade e conforto. E a peça que mais representa esse conceito com certeza é o breezy dress, o queridinho do momento. Característico por sua modelagem ampla, com camadas e volume e pode incluir na lista as clássicas sandálias de tiras também, agora que ganharam um ar mais fashionista.

Mas as peças que estão em alta nessa temporada mais quente vão muito mais além, então vem conferir algumas que nosso TrendTeam separou para você conhecer e ainda looks com peças do nosso brechó para você se inspirar!

Tons Terrosos

Os tons terrosos dominaram os looks de inverno e ao que tudo indica vão continuar nas produções da estação. Tão versáteis quanto o preto, branco e cinza, os tons de caramelo, bege e alaranjados deixam seu look moderno na medida certa. E o melhor ainda: esses tons possuem fundos tanto frios quanto quentes, o que permite escolher qual valoriza mais sua cartela de cores pessoal.

Imagens: Pinterest/Trend2Box

Saia Midi

Clássica e atemporal, as sais midis são geralmente associadas a looks mais sofisticados e elegantes, mas isso não quer dizer que você não possa aproveitar essa peça no dia a dia, combinando com um tênis e t-shirt, fazendo o melhor do hi-lo e até com mules e rasteirinhas para um visual mais romântico.

Imagens: Pinterest/Trend2Box

Blusas de lastex

Quem lembra desse ícone dos anos 90? A blusa de lastex, ou shirred top, toda franzida foi um marco na moda feminina da época. Hoje elas voltam repaginadas, com um toque romântico e até elegante e o acabamento já é visto em vestidos com mangas bufantes também. Invista em produções mais despojadas com biker shorts e coturno, ou se preferir um look mais feminino, aposte nas saias evasês combinadas com sandálias.

Imagens: Pinterest/Trend2Box

Jeans Flare

Os anos 70 vem ganhando cada vez mais destaques nos street style das semanas de moda e a calça jeans flare é uma das tendências mais coringas. A modelagem ajustada até a altura dos joelhos e barra mais larga, é democrática, permitindo compor desde os office looks com camisas e saltos e até com o combo básico que amamos: t-shirt + tênis.

Imagens: Pinterest/Trend2Box

A tendência do ano: Tie Dye

Por: Barbara Brugnolli

Sem dúvida uma das tendências que mais marcou a estética de 2020, é o tie dye. A técnica de tingimento que dominou as redes sociais e o guarda-roupa das celebridades e influencers do mundo todo veio pra ficar com tudo!

Com a pandemia causada pelo COVID-19 e a necessidade de permanecermos em quarentena, tivemos que nos reinventar em nossos hobbies em casa, e a técnica de tingimento característica dos anos 70 e do movimento hippie foi uma delas.

Super fácil de fazer, necessita apenas de alguns materiais e seu custo de produção é baixo, possibilitando até a criação de peças para revenda. E parece que essa tendência não vai sair de cena tão cedo, afinal ela pode ser incorporada em produções de todas as estações e para diversas ocasiões.

Separamos algumas dicas de looks tie dye que vai fazer você querer usar agora mesmo, e o melhor ainda: com peças second-hand que estão disponíves em nosso site:

Imagens: Pinterest/Trend2Box

O tie dye é capaz de transfomar qualquer look em uma produção super fashionista e descolada, independente da estação! A técnica de tingimento em tons mais escuros e sóbrios é perfeita para produções invernais e ainda tem uma pegada mais rocker. Para os dias mais amenos, uma regata mais soltinha e uma calça jogger com tênis deixa o visual despojado na medida certa.

Imagens: Trend2Box

Para um look comfy, super prático e estiloso, aposte no moletom tie dye combinando com calça mom ou short e tênis. O resultado é uma produção ótima para ficar em casa, mas super cool. Seguindo os tons pastel na estampa, o look fica ainda mais tendência.

Imagens: Pinterest/Trend2Box

O tie dye traz aquela vibe de praia e verão, por isso com certeza essa tendência irá se manter até os dias mais quentes do ano. Uma peça tie dye pode substituir facilmente a saída de banho, combinando com uma rasteirinha você já tem o look pronto. Invista em peças com caimentos mais fluídos e tecidos leves.

Quem faz nossas roupas?

Por: Julia Codogno

Já parou pra pensar em quem faz as roupas que você usa? Ou de onde elas vêm? Você sabe de onde tantas e tantas peças saem todos os anos? Quem são as mãos por trás de cada roupa que você usa? Pra gente entender melhor sobre isso, vamos voltar um pouco na linha do tempo e pensar nas transformações que essa indústria passou.

Se lá no começo a vestimenta era somente pra quem tinha alto poder aquisitivo e poderia pagar por peças sob medida – com grandes volumes de tecidos, com o passar do tempo tudo isso foi mudando e os acessos foram ficando maiores. Em 1900 começaram a surgir as primeiras fábricas de roupas, possibilitando que mais pessoas pudessem comprar suas peças em lojas e não somente através de encomendas – movimento que ficou conhecido como Pret à Porter (pronto para levar). Ainda no século 20, em 1929, durante a Primeira Guerra, veio a Grande Depressão e a escassez. Vários insumos para produzir as peças já não eram encontrados tão facilmente e as fábricas já não operavam da mesma forma. Os anos 30 foram marcados por uma grande recessão, onde era preferível consertar peças desgastadas à comprar novas (tanto por falta de produtos quanto por falta de dinheiro).

Nos anos 40, durante a Segunda Guerra, o cenário de escassez se repetia. Matérias -primas já não eram produzidas e/ou encontradas, as importâncias se transformaram e a maneira de consumo também mudou. A mulher passou a fazer parte do mercado de trabalho, tendo que optar por outras vestimentas que passaram a compor o guarda roupa feminino e o número de peças de cada pessoa era mais restrito. Já no período pós guerra, tudo se transformou novamente! A década de 50 surge como um berço do consumo. Depois de um período de restrições, a grande indústria reina e passa a inserir no mercado diversos e diferentes produtos e estimular a compra para aquecer o mercado e fazer a economia voltar a girar. Na década de 60 celebridades se destacaram entre as publicidades, novos materiais como o PVC e poliéster entraram no mercado, várias fábricas começaram a surgir e a moda passou a ser acessível a grande massa. E é aí que a maneira como entendemos o mercado de moda começa a surgir.

Nos anos 80, as grandes empresas perceberam que levando suas produções para países asiáticos, poderiam “baratear” suas operações e disponibilizar no mercado produtos ainda mais baratos. Ou seja, poderiam vender mais e mais barato, ganhando através do volume de vendas. Foi nesse mesmo período que o ciclo sazonal que conhecemos tão bem, com lançamentos de uma nova coleção à cada estação, ficou ainda mais intenso.

Chegando aos anos 90, o boom da moda acontece. Com a globalização de marcas e produtos e com maiores acessos, pessoas do mundo todo passaram a querer consumir mais e mais rápido e as marcas não perderam tempo nem oportunidade de expandir seus negócios. Para atender essa demanda desenfreada e o alto desejo por novos produtos, as grandes empresas tiveram que rever rapidamente suas formas de produção. Se antes uma peça levava em média cerca de 4 meses para ser produzida (levando em conta cada etapa do processo), para suprir essa nova necessidade pelo novo, as empresas aceleraram os meios produtivos e já era possível que uma peça levasse apenas cerca de 3 semanas para chegar até as lojas.

Chegamos a era do FAST FASHION. Onde as peças precisam ser feitas de maneira rápida, a custos cada vez menores e sejam perecíveis, “durando” o menor tempo possível! – Já que as marcas precisam vender em volume de peças, lembram?! Claro que para isso, muitos outros processos precisaram ser revistos e é aqui que chegamos ao ponto mais importante desse post. Para produzir de forma rápida, barata e em grande quantidade, os meios são facilmente submetidos à condições alarmantes. Estima-se que hoje, pelo menos 80% das peças produzidas no mundo, venham de algum lugar da Ásia, como Índia, China, Filipinas e Indonésia. Esses lugares não são escolhidos por acaso, como falei ali em cima, esses locais oferecem condições bastante interessantes para as marcas que os escolhem. Boa parte desses lugares são países ainda em condições de desenvolvimento, com situações bastante precárias. Isso possibilita a entrada de diversas empresas – que alegam estar contribuindo para o acesso à empregos e melhores condições à esses trabalhadores – para produzirem seus produtos em lugares com pouca ou nenhuma legislação trabalhista vigente. Essa precariedade faz com que pessoas realizem longas jornadas de trabalho (de até 16 horas por dia), normalmente em prédios clandestinos (sem qualquer condição de segurança), expostos à materiais nocivos à saúde, sem qualquer condição digna de sobrevivência e com salários irrisórios (chegando à receber menos de US$100 por mês).

Segundo um relatório da ONG Remak, cerca de 75 milhões de pessoas trabalham atualmente no mercado da moda no mundo todo. Sendo 80% mulheres entre 18 e 24 anos. Outro relatório mostrou ainda que a existência de trabalho infantil e análogo à escravidão continuam presentes em países como: Argentina, Bangladesh, Brasil, China, Índia, Indonésia, Filipinas, Turquia e Vietnã. Sim, essas são as pessoas que costuram e produzem as peças que vestimos. Pessoas que não possuem a escolha de não trabalhar diante dessas condições – uma vez que vivem em lugares sem qualquer perspectiva de melhora – e se veem “obrigadas” a continuar nesse sistema sujo e revoltante que se criou. Essa situação é tão grave que, em 2013, mais de 1000 pessoas morreram e mais de 2000 ficaram feridas num acidente em Bangladesh. Esse acidente foi apenas um, de tantos outros que acontecem ano após ano. E isso não está distante de nós, não é uma coisa independente. Quando compramos algo – a fatalmente compramos – estamos ligados à esse processo.

Quando escolhemos consumir de alguma marca, estamos ajudando a financiar esse assassinato coletivo que existe por trás da produção de cada peça. Isso precisa mudar, a indústria precisa se transformar! Nossa maneira de consumir já não pode mais continuar da mesma forma. Vamos repensar nossas escolhas! Podemos estimular o mercado de brechós, como uma grande e forte alternativa para comprar o que já existe. Se já temos tantas peças de roupa – em condições perfeitas de uso, porque não apoiar essa causa?!


Via: @juliacodogno // mabellevitrine.com

4 Marcas Slow Fashion para você conhecer agora e se apaixonar

Por: Barbara C. Brugnolli

Mas afinal, o que é uma marca Slow Fashion?

Nada mais é do que empresas que visam uma produção de moda mais consciente, seguindo valores sociais, econômicos, ambientais e culturais. Marcas que seguem esse princípio tem seus produtores ligados diretamente em todas as etapas da cadeia de produção de uma peça, desde a escolha de sua matéria prima, até o descarte da mesma em seu fim de vida útil.

Nós valorizamos essa iniciativa e estamos sempre de olho em marcas sustentáveis, portanto separamos algumas das nossas preferidas para você conhecer melhor e se inspirar para consumir mais consciente!

Imagens: Instagram Vinci Shoes

Marca de calçados especializada em flats, seus produtos seguem as tendências de moda, são produzidos com matérias-primas de alta qualidade e são confeccionados à mão. A marca não trabalha com estoque, portanto não gera excedentes desnecessários, minimizando seu impacto ambiental.

Imagens: Instagram Coletivo de Dois

Criada por um casal de estilistas, a Coletivo de Dois conta com peças autorais e livre de rótulos de mercado, com modelagens amplas e unissex. Com o compromisso de reutilização dos tecidos e práticas sustentáveis, em 4 anos a marca poupou 600kg de retalhos de tecidos que seriam descartados em aterros sanitários.

Imagens: Instagram Urban Flowers

A Urban Flowers é uma marca vegana e sustentável criada por mulheres. Conta com diversos modelos de calçados e acessórios feitos com matérias-primas certificadas que minimizam o impacto ambiental, além de possuir certificação da PETA e o selo EURECICLO. Nas redes sociais e em seu blog, promovem dicas de veganismo, ecologia, feminismo e moda sustentável.

Imagens: Instagram Casa Jardim Secreto

A Loja Colaborativa fica na cidade de São Paulo e vende diversos produtos artesanais de pequenos empreendedores. Lá é possível encontrar roupas, acessórios e cosméticos. O diferencial da Casa Jardim Secreto são as diversas oficinas oferecidas para o público em geral, visando co-criar um comércio justo e sustentável.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre Slow Fashion e conheceu algumas das marcas que amamos, que tal praticar o consumo consciente?

Se você conhece alguma marca Slow Fashion e sustentável, conte aqui nos comentários, vamos adorar conhecê-las.